Custo de R$ 30 para a entrada no evento tem como fim a captação de recursos para que a Unegro Amazonas possa regulamentar sua documentação estadual
Manaus (AM) – A União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro Amazonas) realiza, neste domingo (10), uma feijoada com a finalidade de arrecadar fundos para oficializar a legalização da entidade. O evento ocorre na Assua (Associação dos Servidores da Universidade Federal do Amazonas), localizada na Rua Astro Barroso, número 16, bairro Coroado I, Zona Leste de Manaus, próxima da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Além da feijoada, o evento vai contar com bebidas, som ao vivo de grupo de pagode, jogos e banho de piscina liberado. O custo de R$ 30 para a entrada no evento tem como fim a captação de recursos para que a Unegro Amazonas possa regulamentar sua documentação estadual e, assim, consiga abrir um CNPJ e criar o estatuto social da entidade.
Para Regina de Benguela, vice-presidente da Unegro Amazonas, o evento vai “consolidar os nossos pares, os nossos amigos e os nossos familiares, para que possamos, na luta contra o racismo, continuar essa batalha que é contínua”.
A União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro) é uma entidade civil e nacional, suprapartidária e sem fins lucrativos, que foi criada em 1988, em Salvador (BA), com o objetivo de lutar contra o racismo e a opressão imposta contra a mulher negra. Desde então, o movimento se encontra presente no Brasil em todos os Estados, e no Distrito Federal. Durante sua história, a Unegro participou de diversas lutas que levaram ao avanço de pautas relacionadas às questões de raça no País, como o Estatuto da Igualdade Racial, as cotas em universidades e serviço público, entre outros.
A entidade está presente no Amazonas há 18 anos e Regina de Benguela explica que, mesmo após 35 anos de sua criação, em Salvador, a luta contra o racismo ainda continua. Ela afirma que a Unegro segue consolidando o seu projeto social contra a opressão da população negra e que a entidade é pioneira na “denúncia do genocídio da juventude negra na interface de raça, classe e gênero. E do protagonismo de pessoas LGBTQIA+ como dirigentes nesse processo”.
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