Vítimas foram filmadas pelo homem enquanto realizavam atos sexuais, como sexo oral
Manaus (AM) – O gerente da Tumpex, empresa de limpeza pública em Manaus, identificado como Carlos Seiss, foi afastado do cargo após suspeita de explorar e abusar sexualmente de funcionárias, ex-funcionárias e menores aprendizes, além de compartilhar vídeos dos abusos que ocorriam dentro da empresa. As denúncias foram divulgadas pelo site CM7 Brasil na quarta-feira (8).
Os 57 vídeos vazados mostram o gerente obrigando funcionárias da empresa a manterem relações sexuais com ele em troca dos seus empregos.
Veja vídeo:
De acordo com as denúncias, candidatas do processo seletivo de primeiro emprego, menor aprendiz ou até mesmo funcionárias já efetivadas da Tumpex teriam sido ameaçadas caso não concordassem em manter relações sexuais, dentro das dependências da empresa, enquanto o mesmo grava o abuso sofrido por elas.
“Eles tem gente do Comando Vermelho pra matar etc.”,
dizia uma das mensagens, eram utilizadas para amedrontar as mulheres.
Investigação da Polícia Federal
A Tumpex foi alvo, em 2016, da “Operação Entulho” da Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público e Receita Federal, que investiga fraudes em licitações e lavagem de dinheiro.
Carlos Seiss chegou a ser preso pela Polícia Federal juntamente com os donos da Tumpex, Mauro Lúcio Mansur da Silva e José Paulo de Azevedo Sodré Neto também suspeitos de desviar dinheiro por meio de notas frias e fraude em licitações.
Revolta
A Organização Não Governamental (ONG) Virada Feminina do Amazonas, representada pela presidente Cileide Moussallem, manifestou seu repúdio à postura inaceitável do gerente da Tumpex, Caio Seiss, acusado de importunar sexualmente várias mulheres e até menores de idade durante o expediente de trabalho em Manaus.
“Nós mulheres sempre somos subestimadas. Seja dentro de casa, no ambiente de trabalho, na sociedade em geral. Sempre precisamos provar que somos capazes e esse trajeto não é fácil. Sempre há um Caio no meio do caminho, que se aproveita da sua posição de poder para realizar seus desejos importunos, como um sugador de alma. Há quem ceda, há quem não. Mas a culpa nunca é da vítima! A violência presente nesse caso vai além da sexual. Nitidamente houve violência psicológica, que fez com que essas mulheres abrissem mãos dos seus valores para continuar sustentando suas filhas, ou até mesmo, para ingressar no mercado de trabalho que é extremamente segregador. Eu repudio, eu condeno e eu tenho nojo de Caio Seiss. De todos os ‘Caios’ que existem nesta sociedade. Eu abraço cada vítima deste ser repudiante, e peço justiça por estas mulheres!”,
afirmou Cileide Moussallem.
Até o fechamento desta reportagem, não foi respondido nosso pedido de nota.
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